domingo, 13 de setembro de 2020

Tomatinhos

Atrás de casa, na fazenda, nasceram vários pezinhos de tomate cereja. Não foram plantados, regados ou cuidados por nós. 


Estão lá. Uma maçaroca de folhas e pés emaranhados. Se você não conhece um tomateiro, passa por ele e não sabe como são bons seus frutinhos.

De longe não dá para ver os pontinhos vermelhos, pendurados, oferta do que ele sabe fazer. Dar tomates.

Mais de perto, levantando suas folhas, se dão em cachinhos.

Somos assim também nós.

Criados à imagem e semelhança. Somos tomatinhos que brotam no meio de farta folhagem. Mas é preciso que sejamos vistos, descobertos. É preciso também que estejamos dispostos a nos deixar descobrir.

Deus nos soprou o sopro da vida. Somos sementes que viemos para frutificar, falar desse amor infinito que nos habita.

Se o nosso terreno se mostrou mais fértil e o terreno de nosso irmão é árido podemos nos transformar em jardineiros, agricultores. Sim! Para nós é possível essa mudança. Passarmos de fruto para semeadores.

Não escondamos nossos talentos. Somos a própria boa nova, somos o evangelho vivo. Levemos a quem não sabe, a quem não conhece.

Não é preciso mais que vida. Estendamos nossos galhos, nossas mãos!